Hoje, o termo "música urbana" tornou-se um dos movimentos mais importantes da cena musical. É dançada em casas noturnas, seus principais artistas encabeçam os melhores festivais, lota estádios, está no topo das paradas e é sucesso em plataformas de streaming como Spotify ou YouTube.
Mas como soa essa "música urbana"? E como ela conseguiu conquistar um público amplo, principalmente jovem, em todo o mundo?
Hoje, a música urbana é uma mistura de texturas, ritmos e sons extraídos de gêneros tradicionais como Soul, R&B, Hip-Hop, Reggae e Dance Hall, entre outros. E, por sua vez, abrange toques sonoros de gêneros mais atuais, como Dembow, Bachata e Trap.
A rápida disseminação do movimento se deve principalmente a dois fatores: a variedade de ritmos e estilos que o envolvem e a globalização, que o fez ser ouvido em todos os cantos do mundo.
Atualmente, grandes nomes da indústria musical já enraizados em um estilo mais “clássico”, para chamá-lo de alguma forma, estão adentrando a música urbana tanto em colaborações com outros artistas quanto solo, com o objetivo de cativar as massas movidas por esse gênero imparável. Por sua vez, isso é tão amplo que permite aos artistas criar suas próprias propostas, definir e encontrar seu estilo e se diferenciar dos demais em um movimento onde quase tudo vale.
Em seus primórdios, há cerca de 4 décadas, esse gênero musical falava de rebeldia, excessos e luta contra as normas estabelecidas. Hoje, seus temas são tão amplos quanto diversos, abordando questões como amor, poder, desejo, vida nas ruas e as experiências pessoais dos artistas.
Estrelas da Música Urbana
O que começou como um pequeno movimento de artistas incompreendidos lutando contra a sociedade tornou-se a melhor maneira de expressar ao mundo as músicas de uma nova geração de artistas que têm muito a dizer.
Em nível nacional, os artistas mais notáveis são a madrilena C.tangana, com obras como 'Mala Mujer' e 'Tú me dejaste de querer'; Rels B; a multifacetada Lola Índigo; a rapper PTAZTA; a top do top Rosalía, com álbuns como 'El mal querer' e 'Motomami', que marcaram tendências dentro do movimento; Recycled J; o inovador Quevedo, que entrou em cena com tudo com a música mais tocada do ano no Spotify, “Bzrp Music sessions, Vol. 52”, com mais de 772 milhões de reproduções em apenas quatro meses, e Bad Gyal, Omar Montes e Morad com músicas do bairro para o mundo ver.
A nível internacional, a lista de artistas de música urbana que estão a fazer sucesso é interminável, mas alguns dos mais notáveis são os americanos Drake, Quavo e Cardi B, com um estilo muito próximo do hip-hop. Os latino-americanos Feid, Eladio Carrión, Karol G, Anuel AA, Ozuna, J Balvin e Rauw Alejandro, com um estilo mais festivo, próximo do reggaeton. E, claro, o astro global Bad Bunny, que, com seu álbum "Un verano sin ti", compôs a trilha sonora das férias de meio mundo.
Na América Latina, a Argentina é outro dos países cujos principais artistas atuam nesse gênero, entre eles se destacam Duki, Nathy Peluso, Nicki Nicole e o produtor Bizarrap, cujas turnês conseguiram cruzar o oceano e explodir palcos por toda a Europa.
Mas não podemos deixar esta seção sem mencionar Daddy Yankee, que, apesar de sua aposentadoria da música este ano com o álbum 'LEGENDADDY', nos deixou músicas que permanecerão gravadas na mente das pessoas por toda a eternidade, como 'Gasolina' ou 'Lo que pasó, pasó'.
Olhando para 2023... Tem algo por vir
Se você chegou até aqui, além de ter muita música para ouvir daqui para frente, imagino que esteja interessado em saber as novidades da música urbana que virão em 2023.
Bem, ainda não há muita coisa confirmada, já que, se tem uma coisa que caracteriza os lançamentos musicais, é o seu sigilo. Mas, do pouco que se sabe com certeza, está o lançamento do Vol. 2 do mega-hit de Anuel AA, "Las leyendas nunca mueren". Também lançando álbuns neste ano estão os americanos Travis Scott, "Utopía", e Cardi B, "Tiger Woods". Da terra do mate, chegará o novo álbum "La nena de Argentina", da incomparável María Becerra, e da Espanha, o artista número 1 do momento, Quevedo, lançará seu primeiro álbum, "Álbum Mode", enquanto Lola Índigo voltará a ser ouvida em todos os lugares com "El Dragón".
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